Cenas de pequizeiros mortos estão se
multiplicando no Norte de Minas. O fenômeno é resultado da ação de uma praga
que tem atacado a espécie, causando enormes prejuízos à região. Produtores,
técnicos e pesquisadores travam uma batalha contra a “broca-do-tronco do
pequizeiro”, vista como uma ameaça ao fruto símbolo do cerrado mineiro.
Estimativas apontam que desde que foi identificada, a larva colocou fim à vida
de milhares de árvores na região, ao se alimentar do cerne da planta. Com isso,
ela impede a passagem da seiva que alimenta o pequizeiro, levando-a parar de
produzir, até provocar sua morte.
Se fosse em humanos, é como se a lagarta, ao longo do tempo, cortasse as
veias que levam o sangue e oxigênio para todas as partes do corpo. Daí a morte
da planta por partes, desde as raízes até os galhos mais altos.
Estudos apontam que em torno dos 50% dos
pés de pequi de Japonvar (maior produtor da região) foram atacados pela praga,
Como maneira de amenizar os prejuízos e salvar a espécie, a iniciativa foi a
produção de mudas para recompor os pequizais. Mas, a grande expectativa no
combate à broca do pequizeiro vem da ciência e da tecnologia. Está em andamento
uma pesquisa que visa desenvolver uma forma eficaz de combater e evitar a
reprodução do inseto que ataca as árvores do fruto símbolo do cerrado, também
conhecido como o “ouro do sertão”.
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