O Governo Federal deve ampliar a isenção na conta de energia para cerca de 60 milhões de pessoas, por meio de uma medida provisória que propõe uma ampla reforma no setor elétrico.

A proposta prevê uma redução de até 16% no custo da energia para os pequenos consumidores, como residências e pequenos comércios. Por outro lado, estima-se que a medida provoque um aumento de até 12% no custo da energia para os grandes consumidores, como indústrias e estabelecimentos ligados à rede de média e alta tensão.

Na prática, o custo da gratuidade concedida aos consumidores de baixa renda será repassado, sobretudo, para a classe média — trabalhadores com renda domiciliar entre R$ 3.400,00 e R$ 8.100,00 mensais.

Além disso, o aumento no custo da energia para indústrias e grandes comércios deverá impactar os preços de produtos e serviços, já que esses setores tendem a repassar o aumento nas tarifas para o consumidor final. Assim, a classe média, mesmo sem ser diretamente beneficiada pela isenção, poderá sentir os efeitos indiretos da medida tanto nas contas de energia quanto na elevação do custo de vida.