Vinte e três trabalhadores quilombolas foram resgatados em condições análogas à escravidão em uma fazenda no município de Januária na região Norte de Minas Gerais. Os funcionários, todos homens, atuavam como catadores de raízes em uma área de vegetação nativa desmatada para plantio de soja e grama de pasto.

A cidade mineira, no entanto, fica a mais de 100 quilômetros do alojamento onde eles viviam. A estrutura era uma casa de passagem abandonada, sem banheiro, portas e janelas e com cozinha improvisada, em estado de “mais absoluta indignidade e sujeira extrema”, como relata o coordenador do Grupo Estadual de Combate ao Trabalho Escravo, Humberto Monteiro Camasmie em entrevista para o Jornal Estado de Minas.

Segundo ele, os funcionários dormiam em colchões no chão e beliches que ficavam expostas aos animais do terreno. No momento do resgate, os auditores fiscais chegaram a encontrar galinhas e fezes das aves em cima das camas e dos pertences dos trabalhadores. Para tomar banho, eles tinham que esquentar água em canecos e se lavar em um cômodo sem telhado. A cozinha era em área aberta coberta por uma lona. A empresa responsável pela fazenda, com mais de 7 mil hectares, é do ramo de máquinas e implementos agrícolas. Ninguém foi preso!

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